terça-feira, 31 de julho de 2012

Dança da cidade

O dia em que tive certeza de que todo corpo deseja dançar.
Vestimos diariamente nossas armaduras, cascas e vamos para a rua fazer o que devemos fazer, o que não queremos fazer e pouquíssimas vezes a ação se coloca em um lugar libertário ou de fato autônomo.
Levar este corpo a dançar pela cidade, sendo esta seu palco e os seus sons sua música, torna o ato um movimento de ruptura e escava as novas possibilidades de ser no espaço.
Sejamos um grito!
















Fizeram o corpo humao comer, fizeram-no beber para evitar de fazê-lo dançar.” ANTONIN ARTAUD.

domingo, 29 de julho de 2012

Queria sustentar a leveza do ser até que pesou


Queria sustentar a leveza do ser até que pesou






“Finalmente, a viagem conduz à cidade de Tamara. Penetra-se por ruas cheias de placas que pendem das paredes. Os olhos não vêem coisas, mas figuras de coisas que significam outras coisas.”         
Cidades Invisíveis 




Intervir/performar/compor/voar

Acontece um corpo assim, social, que leva em si o peso de ser corpo social contemporâneo.
Este propõe um experimento para a busca da leveza do ser e sua possibilidade de voar, vir a ser assim leve junto a balões como extensão do seu corpo. 1 corpocombalões.
Traça-se uma cartografia afetiva do ser corpo em relação aos novos, velhos corpos da cidade.
Este corpo torna-se sobrevivente no estado líquido das coisas em tempos de Biopolítica que assim, sobre patins pensa trazer a fluidez deste corpo como opção,mas se vê aprisionado a vagar a todo tempo semprefluidoatépesar, que dói,pesa, sente e se desfaz, uma base em 8 rodas, não há sólidos, há solidão.
No andar,pesa, perde seus sopros de vida.

NÃO HÁ BALÕES,NÃO A LEVEZA, HÁ O PESO DE SER ser em SOBREVIDA.
No encontro com outros corpos, firma-se como corpo em descoberta, este troca, propõe, é movido, provocado, pelo BOM DIA, consumo, das lojas,da vida, que ri e pesa, compõe o silêncio e o caos da cidade, vem a ser objeto de significação irracional, do sentir a poesia cansada da vida que come.



Procedimento “Corpo de Luxo para espaço de Lixo”


Procedimento “Corpo de Luxo para espaço de Lixo”
11/06 – Ouro Preto
 A proposta deste procedimento foi explorar as possibilidades de relação e estranhamento de um corpo de luxo em um espaço de lixo, acontecimento que não se dá com frequência cotidiana.
Podem-se observar inclusive os espaços de lixo na cidade, como locais muitas vezes esquecidos, evitados ou indiferentes.
A potência de uma relação do corpo que segue um padrão social de comportamento e em se vestir com o lixo, se dá como uma intervenção de valores sociais pré- estabelecidos, a começar pela relação direta do lixo como lugar inabitável e a incompatibilidade do mesmo, com um corpo bem vestido. A partir desta modificação do espaço urbano, começa-se a levantar as possibilidades de leituras da composição, seja por uma tentativa racional de entendimento do desejo do corpo no espaço de lixo e também por um atravessamento de sensações na relação da composição com os indivíduos.


Experimento Ambiental






A proposta apresentada se deu pela possibilidade de experimentação corporal em relação a um Ambiente proposto anteriormente como estímulo de criação para acontecimentos cênicos/ Performáticos.
A idéia investigativa da experiência, foi de como se daria a criação cênica tendo como estímulo um ambiente proposto a ser explorado pelos performes. A partir do entendimento de Arte Ambiental proposto por Oiticica que trazia um lugar a ser modificado e praticado por visitantes as obras. 
O questionamento era de como esta   "Arte Ambiental" poderia também ser praticada como procedimento de criação cênica em processos do fazer teatral e experiências performáticas. 

sábado, 7 de julho de 2012

Vida como um fluído não tempo de sentir as coisas

Neste momento, querendo iniciar a escrita em meu novo desafio, compartilhar acontecimentos, um blog, sensações, cuidado, uma vida líquida fluída e meus diversos anseios de não conseguir sentir, refletir, antes de lançar para fora.
A prática da escrita, o pouquíssimo tempo, me desafio.

12:50 - Decidi que hoje quero iniciar o blog, tenho desejos de escrita, de reflexão.  descubro a pouco que há um trabalho "iluminação" para já, mal tenho tempo, não tenho grana, preciso trabalhar.

12:56 - Tenho exatamente 10 minutos para já, poder me expressar, questionar-me de mim mesmo, minhas ações, porque não é possível em tempos de vida corrida, eu no auge dos milhares afazeres, poder sentar sentir e relatar as coisas que sinto.

12:58 -  Movimento- me de forma estranha, brigo para tentar agir, sobre o tempo da cidade, o fluído dos acontecimentos sem pausa, quero uma pausa. Penso que assim modificaria o fluxo de tudo, chegaria em outros lugares, me movimentaria como potência de vida em que o peso de SER tenta me moldar cotidianamente.

13:00 - Certo, percebo que a forma da escrita, além de rápida está cronometrada, porque não poderia eu quebrar o fluxo, e de forma nada, nada fluída vivenciar o meu tempo ? meus novos espaços, espaços estes que de novo, sendo até repetitivo me sufocam e não me permitem, sentir.

Vejo meu possível manifesto embaraçado dentro de mim, talvez quase imperceptível ao que lê.
Um grito que ainda sai em silêncio, começa aos poucos a buscar o DESVIO.
 Desvio do sei lá o que, Desvio do o quê terá, terá que fazer.

Sobre o sufoco e em um contra tempo lanço-me no espaço, junto aos tantos poderes que me tomam como parte, parte de um todo.
Sinto que aos poucos vou quebrar, posso parar o meu rio, solidifica-lo porque não ?

Por favor, tudo isso tem sentido.  13:05

da próxima quebrarei o cronometro, não há de se jogar sempre com o tal do tempo, ou há ?

13:06 - indo trabalhar.

Preciso revisar o texto ...

POR FAVOR, JÁ NÃO HÁ TEMPO PARA ISSO.