Ação de performance e intervenção urbana que já propõe
outros espaços para sua prática artística, além do que já é convencionado,
talvez não deva se enquadrar em traços, moldes de uma sociedade capitalista que
nos exige o exclusivo, a novidade, o autoral, o MEU,ou melhor o só meu, como
ponto chave para um acontecimento, artístico ou não.
Por mais que nosso corpo seja diariamente atravessado por
questões e conflitos sociais, nem sempre os mesmos nos gritam a face ou se
mostram externados em bandeiras, ou mesmo nos movimentando, se mostram desgastados, banalizados, ou simplesmente não nos contemplam.
Queria falar aqui de um grito interno de um despropósito
inicial, penso que um “despropósito” não está no mesmo lugar que o “sem
propósito”. Vivenciar o despropósito talvez seja um caminho de NO CAMINHO se
encontrar com seus propósitos, conversar com eles, aliar forças para seguir
viajem.
A maravilha de tomar um chá com seus propósitos, quando
claro eles aceitam conversar, talvez seja um ponto chave para um acontecimento
real, vivo e transparente.
No meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra
Desta pedra, deste caminho, deu-se um poema!
Desejo de estar aberto ao vir a ser ...
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