sexta-feira, 3 de agosto de 2012

DESPROPÓSITO - Um ponto de partida ?



Ação de performance e intervenção urbana que já propõe outros espaços para sua prática artística, além do que já é convencionado, talvez não deva se enquadrar em traços, moldes de uma sociedade capitalista que nos exige o exclusivo, a novidade, o autoral, o MEU,ou melhor o só meu, como ponto chave para um acontecimento, artístico ou não.
Por mais que nosso corpo seja diariamente atravessado por questões e conflitos sociais, nem sempre os mesmos nos gritam a face ou se mostram externados em bandeiras, ou mesmo nos movimentando, se mostram desgastados, banalizados, ou simplesmente não nos contemplam. 
Queria falar aqui de um grito interno de um despropósito inicial, penso que um “despropósito” não está no mesmo lugar que o “sem propósito”. Vivenciar o despropósito talvez seja um caminho de NO CAMINHO se encontrar com seus propósitos, conversar com eles, aliar forças para seguir viajem.
A maravilha de tomar um chá com seus propósitos, quando claro eles aceitam conversar, talvez seja um ponto chave para um acontecimento real, vivo e transparente. 


No meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra

Desta pedra, deste caminho, deu-se um poema!

Desejo de estar aberto ao vir a ser ...

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